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quarta-feira, 7 de setembro de 2022

 

Transplante de órgãos e tecidos


O que é?

O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.

Como é a Lei de Transplantes?

A legislação em vigor determina que a família será a responsável pela decisão final, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade.

Doador Vivo:
A pessoa maior de idade e capaz juridicamente pode doar órgãos a seus familiares. No caso de doador vivo não aparentado é exigida autorização judicial prévia.

Sistema Nacional de Transplante:
Criado para dar maior controle e organização às atividades:
o transplante de órgãos/tecidos só pode ser realizado pelos estabelecimentos de saúde previamente autorizados pelo Gestor Nacional do Ministério da Saúde.

Cadastros Técnicos:
Foi instituída a Lista Única de Receptores, com vários cadastros separados por órgãos, tipos sangüíneos e outras especificações. Estes apresentam uma ordem seguida com total rigor e controlada pela Secretaria de Saúde.

Quais órgãos/tecidos podem ser obtidos de um doador vivo?

Um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões.

Quem pode doar em vida?

O médico deverá avaliar a história clínica da pessoa e as doenças prévias. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos. Há também testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso.

Quais os órgãos/tecidos podem ser obtidos de um doador não vivo?

Órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino.
Tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias.

Quem recebe os órgãos/tecidos doados?

Após efetivada a doação, a Central de Transplantes do Estado é comunicada e através do seu registro de lista de espera seleciona seus receptores mais compatíveis.

Quem é o potencial doador não vivo?

São pacientes assistidos em UTI com quadro de morte encefálica, ou seja, morte das células do Sistema Nervoso Central, que determina a interrupção da irrigação sangüínea ao cérebro, é incompatível com a vida, irreversível e definitivo.

Após a doação o corpo fica deformado?

Não, de modo algum. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra realizada com todos os cuidados de reconstituição, o que também é obrigatório por lei.

 

IMPORTANTE: Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em janeiro de 2008.

Fontes:

Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais. Banco de Órgãos e Transplantes

Associação Brasileira de Transplante de Órgãos

 

terça-feira, 30 de agosto de 2022

Saúde e informação sobre transplante .

https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/snt

Neste link acima, vcs podem ter acesso ao Sistema Nacional de Transplantes, sobre o que é a doação de órgãos, como ser doador, quais os tipos de doadores, a conscientização da importância da doação, o que é morte encefálica, diagnostico, estatisticas etc... vale a pena acessar .



sábado, 14 de maio de 2022

 https://al.se.leg.br/lei-de-iniciativa-da-deputada-kitty-lima-incentiva-a-doacao-de-orgaos/

Lei de iniciativa da deputada Kitty Lima incentiva a doação de órgãos

11/2/2022

Por Aldaci de Souza

A morte de um ente querido é muito dolorosa para toda a família e o momento de perda e sofrimento pode se transformar na esperança de dar uma nova vida a quem aguarda há meses por um transplante de órgãos ou tecidos. No Brasil, a Lei Nº 9.434/1997 é o principal instrumento legal para a regulação dessa necessidade urgente de salvar vidas.  Mas a autorização deve ser dada pelos familiares próximos do doador (cônjuges, filhos, irmãos, pais).  Em Sergipe, a Central de Transplantes registrou três doações de múltiplos órgãos em 2021. Na Assembleia Legislativa, foram aprovadas proposituras com a finalidade de estimular a doação de órgãos e com isso diminuir a fila de espera, que atualmente é de 325 inscritos somente para transplante de córnea. 

Deputada Kitty Lima incentiva a doação de órgãos (Foto: Jadilson Simões)

A Lei nº  8.753 publicada no Diário Oficial  e sancionada por iniciativa de um projeto da deputada Kitty Lima (CIDADANIA), institui a Semana de Incentivo à Doação de Órgãos em Sergipe, visando aumentar  o engajamento dos sergipanos na transmissão da mensagem de que doar órgãos é salvar vidas.  A propositura ressalta a sensibilização da sociedade a partir de atividades recreativas junto a entidades, associações e hospitais que atuam na área de transplante  de qualquer natureza, além de firmar convênios com outros órgãos públicos, entidades, associações e empresas da iniciativa privada.

Dados Sergipe

De acordo com o coordenador da Central de Transplantes, Benito Fernandez, em 2018 foram feitos em Sergipe, 210 transplantes de córnea. Em 2019 foram 205; em 2020, 63 procedimentos e em 2021, 95; em 2022 foram 21 transplantes. Sobre a necessidade de transplantes de rim, ele informou que são aproximadamente 1.300 pessoas fazendo alguma modalidade de diálise.

Benito Fernandez, coordenador da Central de Transplantes (Foto: Arquivo Pessoal)

“O preconizado é que 40 a 50% estejam inscritos para transplante. O rim é a modalidade com maior demanda, seguida de fígado. Estamos com processo tramitando no Ministério da Saúde visando autorização de estabelecimentos e equipe para transplante de fígado e rim no Hospital Cirurgia e na Renascença”, ressalta acrescentando que no início deste ano foram feitas três doações de múltiplos órgãos, mas houve uma redução com um novo aumento de contaminados pela Covid-19, além de negativas familiares.

Benito Fernandez lembrou a necessidade da participação de todos para que o transplante aconteça. “Por lei familiares até segundo grau são os responsáveis pela autorização da doação de órgãos. Daí a importância de avisá-los do desejo de ser doador. Em Sergipe temos a Organização de Procura de Órgãos (OPO) que fica no  Hospital de Urgência de Sergipe e o contato telefônico é (79) 3216-2837 e o Banco de Olhos de Sergipe – (79) 3216-2860 que também fica no HUSE”, destaca.

Dados Brasil

Além do transplante de córnea. No Brasil, os órgãos mais transplantados são rim, fígado, coração e pâncreas. São cerca de 45 mil pacientes aguardando um transplante. Segundo informações do Ministério da Saúde, foram realizados no período de janeiro a novembro de 2021 pelo Sistema único de Saúde (SUS), mais de 12 mil transplantes de órgãos no país e em 2020, 13 mil procedimentos. Uma das explicações para a queda no número de doações é o período da pandemia da Covid-19.

De acordo com a legislação brasileira atual, a retirada de tecidos e órgãos de pessoas falecidas para transplantes dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, até o segundo grau. Ou seja, a autorização é dada pelos familiares próximos do doador (cônjuges, filhos, irmãos, pais), o que pode gerar a desconsideração da vontade do falecido, ou discordância entre os familiares para o ato de doação.

Com isso, se o cidadão decidir ser um doador, o primeiro passo é conversar com a família manifestando a decisão, para que após a sua morte, os familiares possam autorizar por escrito, a doação dos órgãos e tecidos.  Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera. A lista é única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos e tecidos.

Foto: Divulgação Saúde Sergipe

Doação de Órgãos em Sergipe

 https://www.youtube.com/watch?v=Sjg6Q3lMaSw


Seja um doador de Órgãos Informe a sua Família.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Entenda as etapas do processo de doação de órgãos






Atualmente, 41.236 pacientes estão à espera de um órgão no Brasil

DR
BRASIL SAÚDE20:06 - 17/06/16
No ano passado, foram realizadas no Brasil 23.666 cirurgias de transplante de órgãos, sendo 95% dos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em mais da metade das operações (58%), 13.793 pacientes receberam novos corações saudáveis. Os transplantes de rim estão em segundo lugar: foram 5.409 cirurgias em 2015, o que corresponde a 23% de todos os procedimentos.


Apesar do grande volume de cirurgias realizadas, a quantidade de pessoas à espera de um novo órgão ainda é grande. Ao todo, 41.236 pacientes estão cadastrados na lista SUS. O rim é o órgão mais demandado: 25.077 esperam por um transplante renal. Em seguida, vêm as córneas (12.686) e o fígado (2.193).
Para vencer a atual desproporção entre número de pacientes na lista e o número de transplantes realizados, é importante conscientizar a população sobre todas as etapas do procedimento, que começa com o diagnóstico de morte encefálica de um potencial doador e termina na recuperação do paciente que recebeu um novo órgão. Entre essas etapas, é preciso correr contra o tempo, levantar informações importantes sobre o histórico do doador e do paciente e, a etapa mais delicada, contar com a solidariedade de uma família que passa por um momento de dor.
Entenda todas as etapas do processo de doação de órgãos:
Diagnóstico de morte encefálica
À princípio, qualquer pessoa que tenha tido a morte encefálica confirmada pode se tornar doadora. Esse é um quadro irreversível em que é diagnosticada a parada total das funções cerebrais. São realizados testes como o eletroencefalograma e a angiografia cerebral para certificar os médicos e a família da parada do órgão.
Em geral, isso ocorre após traumatismos cranianos ou acidentes vasculares. Contudo, apesar da falência do cérebro, o coração continua batendo e é a irrigação sanguínea que mantém os órgãos viáveis para doação. A circulação é mantida artificialmente, por meio de aparelhos e medicamentos, enquanto a Central de Transplantes é avisada e a família é notificada da situação. 
Autorização da família
Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos. Depois de seis horas de atestada a falência cerebral, o potencial doador passa por um novo teste clínico para confirmar o diagnóstico. Em seguida, a família é questionada sobre o desejo de doar os órgãos. 
Mensagens por escrito deixadas pelo doador não são válidas para autorizar a doação. Por isso, apenas os familiares podem dar o aval da cirurgia, após a assinatura de um termo. De acordo com o Ministério da Saúde, metade das famílias entrevistadas não permite a retirada dos órgãos para doação.
Por isso, é importante conversar com a família ainda em vida para deixar claro esse desejo. 
Entrevista familiar
Depois da confirmação da morte encefálica e de manifestado o desejo pela família de doar os órgãos do parente, a equipe médica realiza um questionário com os familiares para detalhar o histórico clínico do paciente. A ideia é investigar se os hábitos do doador teriam levado ao desenvolvimento de possíveis doenças ou infecções que possam ser transmitidas ao receptor.
Doenças crônicas como diabetes, infecções ou mesmo uso de drogas injetáveis podem acabar comprometendo o órgão que seria doado, inviabilizando o transplante. Por isso, a equipe médica verifica o passado clínico do doador. A entrevista é um guia para os médicos, que ainda realizam testes biológicos e físicos que indicam também a possível compatibilidade com os receptores na fila do transplante. 
Retirada de órgãos
De um mesmo doador, é possível retirar vários órgãos para o transplante. Em geral, as cirurgias mais recorrentes são as de coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos de um mesmo doador. Os órgãos que duram menos tempo uma vez fora do corpo são retirados antes. 
Nos 27 centros de notificação integrados, os dados informatizados do doador são cruzados com os das pessoas que aguardam na fila pelo órgão para que o candidato ideal, conforme urgência e tempo de espera, seja encontrado em qualquer parte do País.
Os profissionais envolvidos no processo trabalham em contagem regressiva para não ultrapassar o tempo limite para a retirada dos órgãos e também para a preservação dos mesmos durante o transporte. 
Transporte
Quando a doação é entre pessoas de Estados diferentes, o Ministério da Saúde viabiliza o transporte aéreo dos tecidos e órgãos. A pasta tem um acordo voluntário de cooperação com companhias aéreas para assegurar o translado. As empresas transportam os órgãos gratuitamente em voos comerciais.
Em 2015, o Ministério da Saúde viabilizou o transporte de 1.164 órgãos e 2.409 tecidos para transplantes por meio do termo de cooperação e ainda 110 órgãos e 219 tecidos por meio de voos fretados e transportes terrestres em parceria com as Centrais Estaduais de Transplantes.
Para reforçar o processo de transporte, o presidente em exercício, Michel Temer, por meio de decreto, determinou que a Força Aérea Brasileira (FAB) também forneça apoio ao Ministério da Saúde, especialmente em missões solicitadas pela Central Nacional de Transplantes.
Recuperação
Depois de transplantado, o paciente tem um pós-operatório semelhante ao de outras cirurgias. Mas o sucesso da operação depende de vários fatores, como as condições do órgão e o estado de saúde do paciente. No entanto, ele terá de tomar remédios imunossupressores durante toda a vida para evitar uma possível rejeição do corpo ao novo órgão.
A estimativa do Ministério da Saúde é de que a sobrevida dos pacientes depois de cinco anos da cirurgia é de 60% nos casos de transplante de fígado e pulmão; 70% para cirurgias de substituição do coração; e 80% para os transplantes de rim.
fonte: www.notociasaominuto.com.br

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Jovem indiana recebe transplante de coração graças ao Whatsapp

Transplante de coração salvou a vida da jovem indiana Sweden D'Souza (Foto: Getty Images)


Constantemente, lemos ou ouvimos que os aplicativos de mensagens instantâneas se tornaram uma fonte de distração para muita gente. Portanto, às vezes, nos esquecemos que eles são poderosas ferramentas de comunicação. Histórias como a que aconteceu recentemente na Índia são úteis para nos lembrar da grande serventia deste tipo de tecnologia.

A indiana Sweden D’Souza, de dezesseis anos, estava esperando um transplante de coração há quase seis anos, depois de ter enfrentado uma quimioterapia para tratar um câncer nos ossos que prejudicou seu órgão vital.
 O governo indiano não mantém nenhuma rede ou banco de dados com doadores de órgãos, então os médicos precisam se desdobrar, com o apoio da polícia, da administração de aeroportos e de hospitais, para encontrar órgãos que podem ser transplantados e entregá-los aos pacientes que precisam. Algumas das ferramentas mais usadas pelos profissionais de saúde indianos para comunicar a necessidade ou a disponibilidade de órgãos são os aplicativos de mensagens instantâneas e o e-mail.
Em um grupo de Whatsapp com mais de cem médicos indianos, a cardiologista da jovem Sweden, Vijay Agarwal, soube que havia uma potencial doadora, uma moça que morrera no Ano Novo devido a uma convulsão. Rapidamente, a médica entrou em contato com a família possível doadora e mobilizou diversos profissionais da saúde e a polícia indiana para viabilizar o transplante. “É difícil encontrar um doador para uma pessoa jovem, então não poderíamos nos dar ao luxo de perder a oportunidade”, Vijay disse, em uma entrevista coletiva. A mobilização de aeroportos e da polícia é necessária porque um coração tem apenas quatro horas de sobrevida até ser transplantado ao novo corpo.
A cirurgia de Sweden foi um sucesso e a garota está em processo de recuperação, quase pronta para voltar à escola. O caso, amplamente divulgado, deu ainda mais força aos grupos online de médicos, que ganharam novos adeptos e o interesse do governo indiano.